Paula do Vôlei se tornou referência de fé para o time: “Me procuravam para orar”

Ex-atleta conta que entregou sua vida a Jesus durante retiro de carnaval.

Fonte: Guiame, Adriana BernardoAtualizado: quarta-feira, 25 de maio de 2022 às 16:12
Paula do Vôlei durante entrevista no podcast “Positivamente”. (Captura de tela YouTube Positivamente)
Paula do Vôlei durante entrevista no podcast “Positivamente”. (Captura de tela YouTube Positivamente)

Paula do Vôlei foi entrevistada pela apresentadora Karina Bacchi no podcast Positivamente. Durante o programa, que teve quase duas horas de conversa, a ex-atleta falou de sua carreira no voleibol e como se tornou cristã evangélica e pastora.

Paula expôs situações de sua adolescência vivendo, segundo ela, em uma família disfuncional. O pai era alcoólatra e a mãe gostava de samba e carnaval, período em que os conflitos dentro de casa pioravam. E foi isso que acabou levando Paula para a fé.

Ela contou que uma tia evangélica a convidou para um retiro de carnaval, e que, para fugir das confusões em família, aceitou participar da programação da igreja.

Paula nunca tinha frequentado igreja evangélica e diz que acabou ficando imersa durante quatro dias em ministrações da Palavra de Deus. Ela conta que foi ali mesmo que acabou entregando sua vida a Jesus.

Referência de fé

A ex-jogadora relatou diversos conflitos que teve, desde morar fora por conta dos clubes em que atuava, dividir moradia com pessoas não cristãs que tinham hábitos diferentes dos seus, até no final de sua carreira, aos 36 anos, sem conseguir identificar o que “Deus queria” relativo a seu ministério.

Ela conta que, mesmo passando por diversas turbulências, falava de Jesus para as pessoas. Paula, que se formou em psicologia, revela que chegou a sofrer com Síndrome de Burnout, causada pelo esgotamento emocional e mental, e acabou saindo do time.

Ela decidiu trabalhar em uma loja, mas no final acabou aceitando o convite do técnico e retornando ao clube para encerrar a carreira.

“Mas evangelizei todo mundo na loja, preguei para todo mundo, levei todo mundo para igreja”, contou feliz.

Enquanto atuava, Paula revela que “as meninas sempre iam atrás para pedir oração”. Ela também era quem fazia as orações antes de cada partida. Isso fez com que a atleta se tornasse uma referência de fé entre as demais jogadoras.

De volta ao clube, precisou jogar de forma exaustiva toda a temporada, devido a duas atletas terem rompido o ligamento. “Quando eu pensei que ia parar, foi aí que mais trabalhei. Mas o Senhor faz assim”, disse sorrindo.

Na mesma época, Paula conta que recebeu uma ligação de sua mãe, que contou a ela que seu pai estava com três tumores na cabeça.

Fé e perdão

Hoje pastora, Paula conta que seu pai chegou a persegui-la por causa de sua fé. Ele dizia que não adiantava ela ir para a igreja porque ele a havia “oferecido ao capeta”. A ex-jogadora diz que sua família era espírita e fazia pacto. “Toda minha parentela tinha terreiro”.

Paula pregando na Assembleia de Deus. (Foto: Instagram Paula do Vôlei)

“Querendo ou não você está em guerra espiritual, mas quando você vaia Cristo, seus olhos espirituais se abrem”, contou.

Quando seu pai estava no estágio 4 do câncer, ela conta que sua oração era para que Deus permitisse que ela pudesse estar com ele. E conseguiu, uma vez que seu time acabou indo jogar no Rio, onde a família morava.

No hospital, ela pôde orar pelo pai. “Ele recebeu a oração, aceitou Jesus e chorou igual criança”, testemunhou a ex-atleta. “Tudo é um caminho de Deus”.

Em sua última conversa com o pai, que faleceu no hospital, Paula diz que ele teve a oportunidade de pedir perdão a ela.

Atletas trans

A ex-jogadora falou também ser contra o transgenerismo no esporte, pauta que tem sido polemizada, por ser considerada “inclusiva”. Ela repostou uma foto de Lia Thomas, atleta trans e a nova “campeã” de natação da liga universitária dos EUA.

Paula escreveu na postagem que “Respeito como as pessoas escolhem viver suas vidas, mas jamais aplaudirei isso no esporte. Jamais”.

Na época ela disse também que “Não há palavras para expressar a tristeza no coração em ver meninas tendo suas chances ceifadas, depois de anos de treinamento e investimento, por uma ideologia nefasta, vil e injusta. Parem de fingir que isto é inclusão. Isto é EXCLUSÃO de meninas e mulheres do esporte feminino”.

Durante a entrevista, Paula disse que não se trata de preconceito, mas questão de genética. “Por que não criar uma liga trans”, questiona.

No final da conversa, a mãe de Paula, que acabou indo para a igreja com a filha e se batizando antes dela. “Ela é a minha mãe na fé”, disse dona Zeni sobre a filha.

Antes de terminar a entrevista, a mãe de Paula cantou um louvor Escudo, do Voz da Verdade.

Assista à entrevista completa:

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