Antigamente, a Ciência apontava o jejum como algo prejudicial ao corpo humano. Porém, espiritualmente falando, sempre foi visto como algo benéfico de acordo com a cosmovisão bíblica.
Tratava-se de um “aparente conflito”, conforme explica o médico cristão, Jônatas Leônio. “Cada dia mais, percebo que a verdadeira Ciência é uma parte da descoberta de Deus pela humanidade”, disse o médico em entrevista ao Podcast JesusCopy, na série #DivinaMente, apresentado por Douglas Gonçalves.
Segundo Jônatas, tudo o que “Deus mandou fazer”, conforme as Escrituras, faz bem para o ser humano. “Nós sabemos, hoje, que o nosso corpo foi programado para períodos de jejum”, explicou.
“Jejum é fome por Deus”
Explicando ser “prejudicial” não fazer períodos de jejum, o médico aponta para o grande número de ateus jejuando. “Estão fazendo mais jejum do que crente”, disse descontraidamente.
Através do jejum Deus planejou um grande benefício para a humanidade. O médico explica que, através das nossas atitudes “Deus nos entrega algo maior — na verdade Ele não está pedindo nada, Ele está entregando”.
“O jejum é espiritual, ele aumenta a nossa sensibilidade e a fome por Deus. Jejum é fome de Deus”, destacou.
Descobertas científicas sobre o jejum
O médico revela que a Ciência fez algumas “descobertas” sobre o jejum, entre elas a “melhora da concentração e da critividade”. Isso porque, no jejum, o fluxo sanguíneo é direcionado para o sistema nervoso e não para o aparelho gastrointestinal.
“Isso melhora a circulação cerebral e gera mais atividade neuronal, o que faz melhorar a atenção e a concentração, tornando a pessoa mais criativa”, explicou ao citar o motivo pelo qual o “jejum intermitente” tem sido tão propagado na atualidade.
O jejum também facilita a aprendizagem, conforme a Ciência. “Jejuando, estamos estimulando uma produção nova de células neuronais. Esse crescimento de neurônios gera conexões”, disse ao lembrar que isso favorece os novos hábitos e tomada de decisões.
Jejum beneficia a memória
De acordo com Jônatas, já existem estudos apontando para benefícios na memória quando uma pessoa jejua: “Existe um efeito na biogênese mitocondrial do cérebro quando a pessoa faz jejum”.
“É como se o jejum ativasse um combustível aditivado no cérebro — o neurônio precisa de glicose, que é o combustível da célula”, explicou e revelou que existe ainda outro alimento para o cérebro que só é possível através do jejum.
O médico se referiu aos ‘corpos cetônicos' que só são ativados a partir de 14 horas de jejum.
“Quem tem o hábito de jejuar, vive mais”
Jônatas também citou uma “descoberta revolucionária”, de 2016, que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina. O biólogo japonês, Yoshinori Ohsumi, afirmou que o jejum desencadeia o processo de autofagia, mecanismo pelo qual as células se auto-degradam permitindo uma renovação das células e contribuindo para promover a longevidade do organismo.
“O jejum é a forma mais eficaz de fazer um processo de autofagia, que é a renovação celular. Isso quer dizer que, quem tem o hábito de jejuar vive mais”, esclareceu e deu o crédito a Deus: “Deus queria que a gente vivesse isso, desde sempre”.
Além disso, a renovação celular reduz o risco de doenças cerebrais, como o Alzheimer e o Parkinson.
‘Jejum reduz o estresse’
“E, por último, o jejum reduz os níveis de inflamação e estresse”, disse ao apontar para o engano de comer doce para acalmar.
“Ao comer um docinho, o corpo recebe glicose e ela vai acalmar, num primeiro momento. Mas, depois, ela vai liberar a insulina — um hormônio anabólico que vai liberar mais cortisol. E cortisol é o hormônio do estresse”, disse ao relacionar o costume com o vício.
“É como um cigarro, que acalma a pessoa através da nicotina, mas o efeito rebote é ainda mais ansiedade depois, gerando a necessidade por mais nicotina e então a pessoa fica viciada”, explicou.
Por que muitas pessoas não conseguem fazer jejum?
De acordo com o médico, a dificuldade em jejuar não é porque as pessoas estão com fome, mas por causa das emoções.
“Nós aprendemos a controlar as emoções, estresse e ansiedade a partir da comida. Hoje, o principal desafio para fazer um jejum é a fuga que as pessoas encontram na comida”, relacionou.
Encarando o desafio, porém, os benefícios são vários: “Jejuar faz diminuir o nível de cortisol, ou seja, diminui a necessidade de liberar insulina toda hora. Com menos cortisol, a pessoa fica menos inflamada e corre menor risco de doenças cerebrais”, disse ao citar que depressão e ansiedade estão relacionadas a inflamações cerebrais.
“Dessas inflamações, o estresse é o maior problema e fator de risco. Daí, comemos para desestressar, porém, sem saber que está se estressando cada vez mais”, alertou.
Ele finalizou aconselhando às pessoas a prática do jejum, não só para o benefício físico, mas para o espiritual.
ERRATA: A matéria informou erroneamente que o Dr. Jônatas Leônio é psicólogo. Ele é médico especializando em Neurociências e Comportamentos.
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